Espiritismo Ciência: junho 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

O que é Espiritismo?

Esta definição tem causado enorme confusão para muita gente. Alguns inclusive intentam como que apoderar-se do uso restrito da palavra Espiritismo. Muitos pensam que foi uma definição feita por Allan Kardec, como vemos no texto a seguir extraído do site espirito.org.br:

O termo "Espiritismo" é sinônimo de Doutrina Espírita, porém, frequentemente, é utilizado erroneamente para designar qualquer prática do mediunismo (comunicação com os Espíritos), ou confundido com cultos afro-brasileiros (Umbanda, Candomblé, entre outros).
O Espiritismo é uma doutrina que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de suas relações com a vida material. Foi revelada por Espíritos Superiores e codificada (organizada) em 1857 por um professor francês conhecido como Allan Kardec.
Surgiu, pois, na França, há mais de um século. Traz em si três faces: filosofia, ciência e religião (moral).
Os adeptos da Doutrina Espírita são os espíritas e suas práticas se baseiam no estudo das obras básicas da Codificação e na assistência material e espiritual aos necessitados
.

Deixando bem clara a ideia que só é espirita quem segue a linha filosófica kardequiana ou doutrina kardecista. Quando na verdade sabemos que não é bem assim e alguns chegam a ficar comovidos quando descobrem que Kardec não criou o termo Espiritismo e sim, muito provavelmente, tomou emprestado de espíritas norte-americanos. Como foi o que ocorreu com Leonardo Montes, administrador do site comkardec.com. Clique aqui para ler o que ele escreve sobre A Origem do termo Espiritismo.

Então agora que sabemos que não foi Kardec o criador do termo Espiritismo e sim que autores norte-americanos nos anos de 1853 (Hiram Mattison, Spirit Rapping Unveiled) e também em 1854 (Leonard Marsh, The Apocatastasis or Progress Backwards) já utilizavam o termo Espírita e Espiritismo, trataremos então de esclarecer quem é e quem não é espirita. Para isso iremos recorrer a uma frase dita pelo diretor da FEB, Antônio César Perri de Carvalho, onde diz que ser espirita “é ser cristão e se dominar no dia a dia, para que melhorem e dominem suas más inclinações” e complementa ele “aceitando a imortalidade da alma, a comunicabilidade dos espíritos, a identificação deles e também a reencarnação”, como podem observar na entrevista dada no programa Ana Maria Braga. Uma boa definição na nossa maneira de pensar.

Portanto, todo aquele que acredita num plano espiritual, numa alma e num Ser Superior (Grande Foco ou Deus) são Espiritualistas. Espiritualismo é o termo geral, abrangente. Todo espírita é um espiritualista. E espiritas portanto são os que acreditam na imortalidade da alma e na sua trajetória evolutiva através de múltiplas encarnações. Portanto um indiano pode ser espírita e o mesmo se dá com um africano. Ser espírita não é exclusividade de franceses ou de brasileiros.

Espiritismo está ao alcance de todos, basta querer estudar. Os fenômenos apresentados são os mesmos, porém suas análises e interpretações é que são diferentes. Daí observamos várias doutrinas e cultos espíritas diferentes umas das outras, tais como: kardecista, roustainguista, rosa cruzes, umbanda, candomblé e outras tantas, ambas religiosas e místicas. E também há o Espiritismo Racional e Científico Cristão, fundado por Luiz de Mattos e Luiz Alves Thomaz em 1910, que trás novas observações desprovidas de qualquer misticismo ou religiosidade.